Crianças-soldado ainda
recrutadas em treze países
07/02/2008
Em pelo menos 13 países do mundo ainda se pratica o recrutamento e a utilização nos conflitos armados de crianças frequentemente vítimas e autores de várias formas de violência.
Em pelo menos 13 países do mundo ainda se pratica o recrutamento e a utilização nos conflitos armados de crianças frequentemente vítimas e autores de várias formas de violência. É o que denuncia o jornal da Santa Sé, “L’Osservatore Romano”, citando um relatório do Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Os países indicados são Afeganistão, Birmânia, Burundi, Chade, República Centro-Africana, Colômbia, República Democrática do Congo, Filipinas, Nepal, Somália, Sudão, Sri Lanka e Uganda. No relatório, a ONU pede que as violações contra as crianças sejam julgadas pela Corte penal internacional (Cpi), o tribunal permanente criado pela Onu para julgar crimes de genocídio, contra a humanidade e de guerra. Entre as outras violências sofridas pelas crianças-soldado ou que foram obrigadas a realizar, o relatório sinaliza aquelas relacionadas à esfera sexual, afirmando em especial que 60% dos casos de estupro registrados em Kisangani, no norte da República Democrática do Congo, dizem respeito a vítimas de idade entre 11 e 17 anos.
Outro aspecto destacado pelo Secretário-geral das Nações Unidas é o rápido crescimento do número de «ataques sistemáticos e deliberados contra escolas, professores e estruturas educativas» em algumas zonas de guerra, como Afeganistão e Iraque. Um fenômeno sobre o qual pede a atenção da comunidade internacional.
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